domingo, 27 de agosto de 2017

#inclusão

A tecnologia e suas imensuráveis ramificações já fazem parte de nossas vidas. Mesmo para os mais conservadores, as transformações introduzidas trazem consigo uma série de avanços inimagináveis há alguns anos.
Comunicar-se em tempo real e sem custo? Tem. Salvar vidas? Tem também. Mais segurança nos veículos? É claro que temos. Proteção ao meio ambiente? A sua disposição. E a troca de conhecimento? A todo o momento.
Novos hábitos foram incorporados e com eles as mudanças de comportamento se somaram alterações significativas na vida de muitas pessoas. A tecnologia tem sido usada como instrumento de socialização do saber. E mais. Atinge um público que tem se mostrado receptível e os resultados comprovam a sua eficácia: os chamados alunos com dificuldade intelectual. Entram neste grupo os autistas, síndrome de dow e surdos.
Levantamento realizado pelo Instituto Inclusão Brasil revela que aproximadamente 87% das crianças com um ou outro tipo de deficiência intelectual possuem dificuldades na aprendizagem escolar se comparadas com crianças sem deficiência.
A coordenadora pedagógica da APAE de Três Passos, Mari Salete de Campos, referenda o uso da tecnologia educacional como ferramenta de inclusão. A escola conta com 125 alunos e atende todo tipo de deficiência múltipla.
E.B. tem 29 anos e tem deficiência intelectual. Entre as atividades promovidas pelos professores, aquela que chama a atenção dele tem relação direta com o uso de um aplicativo musical. “É notório um encanto e um olhar diferente no momento em que propomos a adoção da tecnologia, e o E. B. demonstra na prática o quanto é importante trabalharmos novos métodos de inclusão”, destaca a pedagoga Mari Salete.
A paralisia cerebral não é obstáculo.  E.W. tem 26 anos e a informática já faz parte da vida da família. Seu pai e irmão trabalham na área o que oportunizou a E.W. o gosto por aplicativos e tem certa autonomia para algumas atividades. “Ele repete para nós que irá trabalhar com os seus parentes e isto o motiva a aumentar o grau de independência e mostrar que o seu problema não é empecilho para barrá-lo”, lembra a coordenadora pedagógica.

Nos próximos meses a APAE vai ter mais um aplicativo a disposição de seus alunos. Trata-se do livox, um software que oportuniza a comunicação e aprendizado entre pessoas com deficiência motora, cognitiva e visual. Mari Salete acredita que a tecnologia já dá mostras que pode inserir crianças e adultos que possuem algum tipo de deficiência. “Mais do que nunca as entidades que trabalham com alunos especiais devem estar atentas as inovações que surgem a todo o momento com o intuito de melhorar o aprendizado deste público”, finaliza Mari. 

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